Em nome de Allah, o Compassivo, o Misericordioso
P – O meu pai estava divorciado da minha mãe há cinco anos, e ela faleceu no mês passado. No momento do enterro, o meu pai insistiu em descer à sepultura para participar do enterro, mas os meus tios e o Imám do nosso Massjid não permitiram. A decisão do Imám foi correta?
الجواب حامدًا ومصليًا
R – Sim, a decisão do Imám foi correta e estava de acordo com a Sunnah. Após o término do Iddat e o divórcio tornar-se irrevogável, o vínculo conjugal entre o homem e a mulher é completamente encerrado. Assim, o ex-marido deixa de ser mahram para a mulher, e ela passa a ser como qualquer outra mulher estranha (Ajnabiyyah).
Portanto, o ex-marido não tem direito de tocar o corpo, olhar para o rosto, ou descer à sepultura da ex-esposa. O contato físico ou a visualização do rosto de uma mulher falecida que não é mahram é proibido (Harám).
A insistência do seu pai, neste caso, partiu provavelmente de um sentimento emocional, o que é compreensível, mas a decisão do Imám e dos familiares foi conforme a Shari‘ah, pois a honra e a modéstia da falecida devem ser preservadas mesmo após a morte. E este deve ser o comportamento de um Imám: corrigir o erro ou impedir um ato contrário à Shari‘ah no momento em que ele ocorre, sem ceder às emoções das pessoas. (Raddul Muhtár 2/199).
قلت : أي لأنها تلزمها عدة الوفاة ، ولو لم يدخل بها ، وفي البدائع : المرأة تغسل زوجها ; لأن إباحة الغسل مستفادة بالنكاح ، فتبقى ما بقي النكاح ، والنكاح بعد الموت باق إلى أن تنقضي العدة بخلاف ما إذا ماتت فلا يغسلها لانتهاء ملك النكاح لعدم المحل فصار أجنبيا ، وهذا إذا لم تثبت البينونة بينهما في حال حياة الزوج ، فإن ثبتت بأن طلقها بائنا ، أو ثلاثا ثم مات لا تغسله لارتفاع الملك بالإبانة إلخ .(رد المحتار ٢/١٩٩).
هذا ما تبين لي والله أعلم بالصواب
Mufti Ismail Abdullah Ismail
Daarul Iftá – Beira
17 de Rabi’ul Ákhar de 1447
09 de Outubro de 2025
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