Em nome de Allah, o Compassivo, o Misericordioso
P- Tornou-se num costume dos descrentes aceitarem o Isslám para apenas contraírem o matrimónio (Nicáh) com muçulmanas. Porém, muitos destes infiéis, celebram o Nicáh, no mesmo dia ou dias anteriores. O que o Isslám diz acerca desta prática?
R- Abraçar o Isslám simplesmente para contrair o matrimónio com uma muçulmana é uma prática incorreta e errada. Realmente, o Isslám é uma composição de certas convicções e práticas; é um modo de vida; e é uma questão de fé e convicção. Para se tornar num muçulmano, é necessário aceitar todos seus ensinamentos básicos do íntimo do coração.
Se o objetivo e o propósito real dum descrente é de apenas contrair o matrimónio com uma muçulmana; e ele quer apenas se registrar como um muçulmano porque não poderá casar-se com uma crente sem que isto aconteça, enquanto que não tem nenhuma fé nas convicções básicas de Isslám, então, este não é um muçulmano na realidade, ele ainda continua um descrente.
Assim, na primeira instância, dever-se-á levar em consideração que a conversão ao Isslám não foi estabelecida e nem decretada para a realização de matrimónios com muçulmanas. Um descrente, primeiramente, terá que estudar e analisar os ensinos e as convicções Islâmicas básicas; e, se ele ficar convencido e compenetrado de que estas orientações são merecedoras e dignas de aceitação, admissão e submissão, neste caso, ele deverá aceitar o Isslám por causa da sua justiça inerente e seus méritos intrínsecos, e não apenas porque ele quer casar-se com uma muçulmana. As convicções básicas exigidas a um descrente para aceitar o Isslám são as seguintes:
1- Allah سبحانه وتعالى é único e absoluto (i.e. independente, aquele de quem tudo depende eternamente, todos precisam d’Ele, Ele não precisa de ninguém). Ele não tem nenhum sócio, nem filho ou filha, não gerou nem foi gerado e não há ninguém igual a Ele. Ele é único no verdadeiro senso da palavra, na qual não existe e não tem nenhum lugar ou qualquer possibilidade para o conceito de trindade, ou qualquer outra forma de monoteísmo camuflada ou ainda um politeísmo disfarçado.
2- O Profeta Muhammad صلى الله عليه وسلم é o último Mensageiro de Allah. Após Rassululláh صلى الله عليه وسلم nenhum outro Mensageiro ou Profeta de Allah virá.
3- O Qur’án é o último Livro Sagrado e Divino que foi revelado ao nosso Profeta Muhammad صلى الله عليه وسلم e todos os seus conteúdos são autênticos, verdadeiros e fidedignos.
4- A vida após a morte é eterna e cada um ressuscitará após a sua morte, onde ele terá que enfrentar o destino das suas boas e más ações.
5- Todos os ensinamentos acomodados e proporcionados pelo Qur’án; e pelo Profeta Muhammad صلى الله عليه وسلم nos seus termos absolutos, explícitos e claros são verdadeiros e aceitáveis.
Assim, se uma pessoa aceitar todas estas convicções fundamentais como autênticas e verdadeiras, verbalmente e do íntimo do coração, ele torna-se um muçulmano.
A CONVERSÃO
A conversão ao Isslám não tem nenhum procedimento particular, como batismo, etc. Assim que uma pessoa aceitar as convicções acima mencionadas do fundo do coração e as professar verbalmente, ele entra no Isslám. Não é necessário que ele vá a busca da mediação e da intersecção de um santo ou padre, nem é pré-requisito que vá ao Massjid ou à uma instituição para aceitar o Isslám. Um infiel pode sozinho aceitar o Isslám. Não obstante, é aconselhável ir a um crente instruído que poderá informá-lo sobre as convicções básicas do Isslám e ensiná-lo as palavras concisas e inclusivas para assim expressar a sua aceitação e submissão á essas convicções.
Normalmente, a seguinte declaração é usada para a entrada no Isslám:
PALAVRAS DO TESTEMUNHO (CALIMAH SHAHÁDAH)
أشهد ان لآ اله الا الله وأشهد أن محمّدا عبده ورسوله
Transliteração: Ash-hadu an lá iláha illalláhu wa ash-hadu anna Muhammadan ‘abduhu warassuluh.
Tradução: “Eu testemunho que não existe ninguém que merece ser adorado exceto Allah, e testemunho que Muhammad صلى الله عليه وسلم é Mensageiro de Allah”.
Saliente-se que, uma exigência adicional a um muçulmano convertido é de estar livre de todas as crenças e convicções anteriores que não estão em concordância e consonância com as crenças e as convicções Islâmicas. Por exemplo, um Cristão (após a conversão) tem que proclamar que não acredita que Jesus é filho de Deus. Ao invés, ele aceita que Jesus era Mensageiro venerado de Allah; e não era mais do que um Mensageiro, tendo todos os atributos humanos. (Contemporary Fatáwa Pág.181).
Mufti Ismail Abdullah Ismail
Daarul Iftá – Beira
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