Em nome de Allah, o Compassivo, o Misericordioso
P- Tenho hábito de comprar carne em talhos de muçulmanos que possuem seus devidos certificados autorizados por organizações credíveis e eles dizem que a carne é Halál. Porém, às vezes, fico com suspeitas se a carne foi degolada por um muçulmano ou não. Nesse caso, qual deve ser a atitude de um muçulmano?
R- Se um muçulmano informar que a carne é lícita (Halál) e foi degolada por um muçulmano segundo os princípios básicos da Shari’ah, e não há nenhum motivo aparente para desacreditá-lo, então é dever de um muçulmano e confiá-lo, acreditá-lo e tomar a carne como lícita. Um muçulmano não deve suspeitar outro muçulmano sem motivo válido, pois é um grande pecado.
Allah سبحانه وتعالى diz no Qur’án:
“Ó crentes! Evitai muitas das suspeitas; certamente, algumas suspeitas são pecado.” (Surah Al Hujurát 49:12).
E diz:
Porquê quando o ouviram, os crentes e as crentes não pensaram o bem de sua gente, dizendo: «Esta é uma calúnia evidente»? (Surah Nur 24:12).
Sayyiduná Abu Hurairah رضي الله عنه narra que o Mensageiro de Allah صلى الله عليه وسلم disse:
“Evitai suspeitas, pois a suspeita é o discurso mais falso.” (Bukhári).
O Mensageiro de Allah صلى الله عليه وسلم nos orientou a mantermos um bom pensamento dos muçulmanos e sempre presumir que a sua declaração é verdadeira a menos que se prove o contrário. Contudo, se a suspeita for fundada por motivos razoáveis e racionáveis, como por exemplo:
1- O comprador viu o vendedor a comprar de um não muçulmano que porventura vende carne ilícita.
2- O vendedor se mostra negligente e desatento quanto ao assunto de licitude de ilicitude (Halál e Harám) nos alimentos.
Em casos acima citados, é permitido ao muçulmano desconfiar na declaração do vendedor exceto após uma investigação. E, a carne deste vendedor não deve ser comprada ou consumida a menos que haja tranquilidade que a carne é lícita. (Contemporary Fatáwa Pág.193, Raddul Muhtár 3\344, Ahssanul Fatáwa 8\130).
(قال اشتريت اللحم من كتابي فيحل أو قال) اشتريته (من مجوسي فيحرم) ولا يرده بقول الواحد، وأصله أن خبر الكافر مقبول بالاجماع في المعاملات لا في الديانات، وعليه يحمل قول الكنز:
ويقبل قول الكافر في الحل والحرمة: يعني الحاصلين في ضمن المعاملات لا مطلق الحل والحرمة كما توهمه الزيلعي.
قوله: (وأصله إلخ) أي أصل ما ذكرت من ثبوت الحل والحرمة، وهو يشير إلى سؤال وجوابه مذكورين في النهاية وغيرها
حاصل السؤال: أن هذه المسألة مناقضة لقوله الآتي: وشرط العدالة في الديانات، فإن من الديانات الحل والحرمة كما إذا أخبر بأن هذا حلال أو حرام، وقد شرط فيها العدل والمراد به المسلم المرضي، وهنا قوله شريته من كتابي إلخ معناه أنه حلال أو حرام، وقد قيل فيه خبر الكافر، ولو مجوسيا. والجواب أن قوله شربته من المعاملات، وثبوت الحل والحرمة فيه ضمني. فلما قبل قوله في الشراء ثبت ما في ضمنه، بخلاف ما يأتي، وكم من شئ يثبت ضمنا لا قصدا كوقف المنقول وبيع الشرب، وبه يتضح الجواب عن الكنز. (رد المحتار ٣/٣٤٤ ).
Mufti Ismail Abdullah Ismail
Daarul Iftá- Beira
Siga Mufti Ismail:
https://chat.whatsapp.com/JdQbEk4QMMw6VtjRtUT51Q
www.albalaagh.org
Al Balaagh – Mufti Ismail
Mufti Ismail
Hadith do Dia – Mufti Ismail
twitter.com/Mufti_albalaagh
www.instagram.com/mufti.ismail/
WhatsApp: +258823886200